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TDAH – Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade

O TDAH tem uma prevalência estimada de 7,2% em crianças. Trata-se de um transtorno do neurodesenvolvimento, no qual ocorre um atraso na maturação do córtex cerebral, tendo essas crianças uma espessura cortical atrasada em 2-4 anos em relação a crianças sem a doença.

Sua causa é multifatorial, havendo um risco genético de 76%. Causas ambientais como prematuridade, baixo peso ao nascer e exposição intra-útero ao tabaco também relacionam-se como desenvolvimento dessa patologia.

A idade média de diagnóstico é aos 7 anos, porém pode ocorrer em qualquer idade, inclusive os sintomas podem passar despercebidos e o indivíduo só ser diagnosticado na idade adulta.

São sintomas de TDAH:

  • Não foca, se distrai com qualquer estímulo, em pessoas mais velhas ocorre distração com os próprios pensamentos.
  • Parece não escutar quando falam com ele
  • Comete erros por descuido, deixa passar detalhes
  • Não segue instruções até o final
  • Perde objetos (lápis, caderno, óculos, carteira)
  • Desorganizado, desleixado, não consegue gerenciar tempo, não cumpre prazos
  • Evita fazer atividades que envolvam muito esforço mental: fazer trabalhos, preencher formulário
  • Esquece de fazer as obrigações: fazer lições, responder telefonemas, esquece os compromissos
  • Se remexe na cadeira, balança os pés, fica batucando, fica se contorcendo
  • Levanta da cadeira na aula, ou em reuniões
  • Corre ou sobe nas coisas
  • Incapaz de brincar calmamente
  • Não para
  • Fala demais
  • Responde antes que os outros terminem a pergunta
  • Interrompe ou se intromete em atividades de terceiros
  • Não consegue esperar a sua vez

Cerca de 50% das crianças permanece com os sintomas na idade adulta. Com o tempo, os sintomas de hiperatividade tendem a desaparecer, enquanto os de desatenção permanecem.

É comum a criança apresentar algum transtorno de aprendizagem no TDAH, porém ela pode também não apresentar nenhuma dificuldade escolar. Pode haver a coexistência do transtorno opositivo desafiador.

Em adolescentes e adultos pode haver um quadro ansioso ou depressivo em conjunto. A baixa auto-estima associada leva a problemas em relacionamentos, enquanto a impulsividade pode levar ao uso de substâncias. Os adultos podem ainda ter problemas relacionados ao desempenho no emprego.

O diagnóstico é feito por um médico, podendo ser um psiquiatra infantil ou neuropediatra. Não existem exames para diagnosticar o TDAH. Uma avaliação neuropsicológica pode ajudar a identificar os déficits de aprendizado associados e direcionar o tratamento.

Tratamento

O tratamento pode ser medicamentoso, especialmente após os 6 anos. As medicações mais utilizadas são os psicoestimulantes (metilfenidato e lisdexanfetamina).

Cada caso deve ser individualizado, dependendo dos sintomas da criança, pode ser necessário acompanhamento psicológico, bem como psicopedagógico.

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